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Interdisciplinaridade - ou - Resumo do Dia
ressonância magnética nuclear s.f QUIM fenômeno físico de orientação de certos núcleos atômicos postos sob efeito de um campo magnético intenso, us. em análise química, em medicina com fins diagnósticos etc. adenoma s.m (1871 cf DV) ONC tumor, geralmente benígno, resultante da proliferação dos elementos próprios de uma glândula. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa pavê de limão ingredientes: 1 a 2 pacotes de biscoitos champagnhe, 1 copo de vermouth branco doce (200 ml), 1/2 xícara de chá de leite recheio: 1 lata de leite condensado cozido, 4 colheres de sopa de suco de limão cobertura: 1 lata de creme de leite, 2 colheres de sopa de margarina, 1/2 xícara de açúcar fino, 1 colher de café de raspas de limão como fazer: Junte o vermouth ao leite, usando-os para umedecer os biscoitos. Arrume-os em camadas num refratário, alternando-os com o recheio. Para o recheio, basta misturar bem o leite condensado com o suco de limão batendo enérgicamente com um garfo. Cobrir todos com a margarina e o açúcar fino batidos em creme, unidos ao creme de leite e raspas de limão. Levar à geladeira por 6 hora Receita da vovó |
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Foca
15 minutos antes, estaciono o meu carro a 2 quadras do local combinado, o único lugar onde havia vagas. Chegando no Setor de Autarquias, pergunto para um rapaz com um crachá debaixo de uma árvore e com cara de estagiário: - Por favor, onde fica o bloco O? - Aaaaaanh... Não sei, pergunta para o segurança do Banco Central alí ó *aponta com o dedo*... Errrr... Você é irmã da Carla...? - ... Não... Ah, mas obrigada, hein? *sai correndo em direção ao segurança* -Por favor, onde fica o bloco O? - QUE?????? *gritando* - Edifício de Superintendências Regionais - AAAAAAAAAAAH, NÃO SEI! PERGUNTA PRA AQUELE GUARDA ALÍ Ó! *aponta o guarda com o dedo* Olho o relógio, falta 5 minutos para o horário marcado para a entrevista. - Seu guarda, onde fica o bloco O? - Tá vendo aquele prédio com duas parabólicas em cima? *aponta um pontinho no horizonte* É lá! Aqui é o Setor Bancário, não de Autarquias. Saio correndo que nem fugitiva da polícia entre os carros. Quase sou atropelada por um Auto Escola. Chego no prédio, um senhor gordinho e de bigode avisa: - Iiiiiiiiiiih, moça... Hoje tá tudo fechado... - Mas eu marquei uma entrevista!!! - Rá! Te peguei, né? É aquela portaria alí ó! *aponta a portaria* - Gordinho filho da puta... No elevador, enchugo o suor da testa e tento recobrar um pouco de dignidade aos meus cabelos que depois daquilo tudo parecia de mulher da vida depois de uma noite de trabalho. Pernas tremendo. 2 minutos atrasada (falei que corri que nem doida...). Droga... A sala tem aquele aspecto burocrático que todas as salas de repartições públicas devem ter. O cheiro de cigarro apagado impregnado até na minha alma, e no rádio alguma voz enjoadinha cantarola alguma versão meia-boca de Djavan-Caetano-Elis. - Boa tarde, seu Gilberto. Blablablablablablablablá... Um senhor de 50 anos me olha por sob os óculos. Faz perguntas clichês tipo: " porque está fazendo jornalismo?" "o quê está lendo agora?", coisas do tipo. Em seguida me manda sentar no computador e fazer um texto. 45 minutos depois, o texto está pronto. - Tá intelectual demais... Dou uma resposta cretina envolvendo público leitor, dizendo que escrevendo para ele, escrevia paras pessoas com perfil (e suposta capacidade intelectual) dele. - Rá! *dá um tapa na perna (dele, é lógico)* Você é esperta, tem jogo de cintura. Gostei de você! Oooooh... Mário José! Trás lá a ficha pra contratar a nova estagiária aqui. ... O estágio é meu... |
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E Besame Mucho
(...)Oh no there you go Looked away and missed the show How much wasted time Will you survive Oh yeah fooled again I don't know how and I don't know when Not much else to blame But wishful thinking And I try to realize That I needn't look any further The whole of the universe is plain to see And I try not to rely on an another world or the future The whole of the universe Is a mystery And it gets me over... Wishful Thinking - Dunkan Sheik Tema de do filme Great Expectations. Ouçam a música, assistam o filme e leiam o livro. |
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Os Amantes do Circulo Polar
Uma obra-prima de Julio Medem. Esta é uma história circular em todos os sentidos. Personagens que se perdem na história têm seu lugar tomado por outro, o amor inabalável que é buscado durante toda a trama só é possivel de consumar-se no Círculo Polar: Lugar de sonho, onde o sol da meia noite nunca se pôe, gira num ciclo infinito por uma noite branca. Até mesmo o nome dos protagonistas, Otto e Ana são nomes sem fim, que ditos de trás pra frente tem o mesmo sentido que na ordem normal. Tão frio quanto o Circulo Polar são as pessoas que contém suas paixões, que não expressam o que sentem, tornando tudo subjetivo, a narrativa lenta, um descompasso entre encontros tanto quanto de entendimento dos pensamentos do outro. Mas tudo isso é um grande acaso, as pessoas se conhecem e se relacionam por acaso... Ou será que não? Há coisas que nunca acabam, e o amor é uma delas. Mas o filme se completa num círculo efêmero: A imagem de Otto refletida nos olhos de Ana. "No caso de Otto o amor nunca foi afetado ou destruído pelo tempo. E Ana conseguiu voltar no tempo de uma vida inteira." Julio Medem ... Quero vê-lo novamente. |
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Ninguém Merece
Se não me bastasse ter atravessado a cidade saculejando dentro do ônibus, ter andado 3 quadras a pé carregando uma pilha de livros e um casaco 2 vezes maior que eu (sim, porque aqui em Brasíliia temos que aguentar um clima temperamental: de manhã é um frio de matar, aí de tarde resolve fazer um calor de derreter o cérebro e, de noite, cai uma chuva torrencial) num sol a pino, escaldante e seco, ainda tive que aguentar o balconista do correio me cantando. Ô laiá... |
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Momento Cultural
Vai ter aqui em Brasília uma apresentação de Teatro Tradicional de Bonecos do Japão. É óbvio que eu vou. O difícil vai ser convencer quem eu quero que vá a ir comigo. |
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Tédio
Todos os e-mails que não mandei até hoje para os donos dos blogs que eu gosto em mais de um ano acompanhando-os quase que diariamente estão sendo enviados agora por pura falta do que fazer. Eu tenho vergonha de escrever pra uma pessoa e dizer que gosto do blog dela. Parece que fica expiando uma pessoa pela janela e um dia pára ela na rua e diz que acha que o que ela faz dentro da casa dela é interessante. |
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Idéias e Imagens
Eu tenho uma camiseta da Benetton que a única coisa impressa é um cacho de bananas, nada mais. Toda vez que eu saio com ela na rua é sempre a mesma coisa: As pessoas olham e riem, isso quando não fazem uma piadinha legal a respeito (não, nunca foram desrespeitosos comigo). Mas eu gosto disso nas propagandas da Benetton. Elas são irritantes, atraentes, insuportáveis, provocantes. Muita gente malha as campanhas, acha que eles exploram a miséria ou o chocante. Eu não acredito nisso. Acredito que as fotos são uma maneira de abrir nossos olhos para a realidade, contra a cegueira puritana que carregamos dentro de nós. Se formos comparar com qualquer outra foto publicitária, o que é que veremos? Uma linda mulher sorrindo por usar a calça x. Percebe? A maioria das propagandas querem nos vender o irreal, uma falsa idéia de felicidade. Um conteúdo vazio, que somente se preocupa na maneira mais eficaz em se vender o produto. A Benetton pelo menos é comprometida. Ao comprar uma peça de roupa lá, você sabe o que é que eles estão pensando. No que acreditam, o que combatem, o que são contra. Muitas outras pessoas reclamam que as imagens são fortes demais. E desde quando a gente tem que viver num mundo de fantasia, de falsa perfeição? A Igreja Católica mesmo é uma das que mais critica as campanhas. Mas e qual é o marketing deles? A salvação estampada em forma de um homem morto numa cruz. Se isso não é bizarro, não sei o que mais pode ser. É preciso lembrar que a publicidade não vende só um produto, mas sim um estilo de ser, de vida. Compra roupa na Cavalera quem se identifica com aquele estilo, que consequentemente tem a ver com determinados hábitos. Ou seja, de certa forma a publicidade vende também uma ideologia. Eu fico muito mais satisfeita em saber que a roupa que eu uso é questionadora, é comprometida com uma causa, que é contra essa massificação de pensamento que acontece hoje em dia do que simples roupinhas felizes, típicas de famílias perfeitas de comercial de margarina. Não sou hipócrita, não vou dizer que só compro roupa "engajada" com uma causa porque é mentira. Claro que também uso roupas destas mesmas lojas que estava malhando no texto de cima. Mas não critico quem faz um trabalho bem feito, quem tem algo a dizer. Pelo menos não sofro da hipocrisia de dizer que a Benetton só faz isso pra aparecer. Muito pelo contrário, pois é fazendo um trabalho crítico e questionador é que eles conseguem chamar a atenção. Na minha concepção tem que ser muito bom pra conseguir isso. Saiba Mais: benetton web site A Publicidade é um Cadáver que nos Sorri, Oliviero Toscani; Ed. Ediouro OBS: A propaganda é gratuita sim. |
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Under the Bridge
(Red Hot Chilli Peppers) Sometimes I feel Like I don't have a partner Sometimes I feel Like my only friend Is the city I live in The city of angels Lonely as I am Together we cry I drive on her streets 'Cause she's my companion I walk through her hills 'Cause she knows who I am She sees my good deeds And she kisses me windy I never worry Now that is a lie I don't ever want to feel Like I did that day Take me to the place I love Take me all the way It's hard to believe That there's nobody out there It's hard to believe That I'm all alone At least I have her love The city she loves me Lonely as I am Together we cry I don't ever want to feel Like I did that day Take me to the place I love Take me all that way Under the bridge downtown Is where I drew some blood Under the bridge downtown I could not get enough Under the bridge downtown Forgot about my love Under the bridge downtown I gave my life away |
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A Beira de um Ataque de Nervos
A viagem de Setembro está me matando hoje. Mais do que nunca. E nem adianta me dizer pra não me preocupar, que não há nada que eu possa fazer, porque eu NÃO aceito. A guerra ainda não está ganha, eu sei. Mas esta batalha eu tinha levado. Essa viagem não vai me fazer perder. Não vai. |
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Deixa pra lá...
Aproveitando que bateram no meu carro agora a pouco, eu ia contar a minha pequena Odisséia de como de 1 ano pra cá de tempos em tempos a maldição saramaligna cai sobre a minha cabeça. De como quando tudo parece estar se resolvendo, dá tudo errado de novo. Mas não estou a fim. Estou cansada, muito cansada de tudo. |
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Por uma Vida Menos Ordinária
Uma garota se suicidou na faculdade hoje. Se jogou de cabeça do 3° andar de um dos prédios daqui. Quebrou as duas pernas, o maxilar arrebentou e ela ficou com a boca toda arregaçada e teve fratura exposta no braço (se não me engano). A poça de sangue está lá no chão até agora para os curiosos-deprimentes-miseráveis se deliciarem com a cena. Só fiquei sabendo dos boatos, não fui lá servir de platéia desse freak-show. O suicídio pra mim é incompreensível. Acho que ele só é compreensível para quem pensa em cometê-lo. Para mim é triste uma pessoa assim porque ela não tem nada a perder. Nada a perder... Aí está uma sensação que deve ser a pior de todas. Não julgo a atitude da menina. Até coisas mais triviais podem se tornar terríveis quando você atinge um determinado estado mental. Sei lá se, pra ela, essa era a melhor opção. Mas pra mim, particularmente, eu nunca cometeria um suicídio. Não me contentaria com uma vida ordinária, e um final ordinário, então? Nem pensar. Morrer não é ruim. Estar perdido é que é ruim. |
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Ei, por favor. Você pode me ouvir?
Eu tenho uma dificuldade enorme pra expressar o que penso. É um verdadeiro sofrimento por no papel (ou na tela) o que se passa dentro da minha cabeça. Eu não consigo achar as palavras certas pra dizer o que quero e o texto começa a ficar enrolado demais, redundante demais. Quando é assim, geralmente escrevo uma frase curta, que só conta o fato, mas que não expressa o mais importante, que é o que aquilo significa pra mim. Por quê foi especial. O pior é que eu faço jornalismo. O professor fica o tempo todo corrigindo as minhas matérias e artigos não porque o conteúdo está ruim, mas sim porque eu escrevo as frases na ordem indireta, e isso dificulta a compreensão. Mas pra mim é dificil corrigir isso, porque eu falo assim inclusive. A não ser quando as palavras saem por si só, como se eu não precisasse pensar pra digitá-las. Puro. Visceral. Aí sim o texto fica bom. Só que muitas vezes quando a idéia me vem em mente eu não estou na frente do computador, e pra conseguir transmitir o que pensei e senti depois, é um verdadeiro parto. Eu e o meu irmão brigávamos muito quando éramos mais novos, mas hoje dia, com a faculdade, não nos encontramos direito, então não perdemos tempo brigando. Contudo, agora não consigo mais me abrir com ele. Não consigo dizer a ele algo que me sensibiliza, que me marcou, que é importante pra mim. Então eu descobri uma solução. Sempre que eu assistia um filme, lia um livro ou ouvia uma música que de alguma forma mostrava o que eu queria dizer, o que eu sentia, eu recomendava que ele o visse. Assim, de alguma maneira ele captava algo que era importante pra mim, ou que eu achava que ele tinha que ouvir, mesmo eu não sabendo como dizer. Por isso, se algum dia eu pedir que você veja, ouça ou leia algo, faça isso. Por mim. Você não sabe o quanto isso é importante. |
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Christiane, 32 anos. Brasiliense. slamgirl[at]hotmail.com