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Vasculhar coisas do seu antigo quarto de adolescente é como visitar a morada de uma jovem morta. É olhar para aquela potência que poderia ter sido tantas coisas e se tornou apenas... você. Isso não ruim, entenda. Mas está lá também tudo aquilo que absolutamente não lhe diz mais respeito, no qual você não se reconhece. Era uma outra pessoa, enfim, que já não mais existe
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Tenho uma admiração contida por aquelas pessoas que conseguem romper totalmente com o lugar de onde vieram, com a família, o passado. É muito provável que boa parte delas tenham sido tão castigadas que não tem nada a perder, estão apenas se libertanto de um grilhão doloroso. Mas será que é isso mesmo? Será que sou eu que percebo as pequenas manipulações como demonstrações singelas de amor e me agarraria a esse fiapo de esperança? É possível um negrume assim tão puro? O que sei é que não consigo desassociar tal ruptura a uma sensação de maldade com os que ficam |
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Christiane, 32 anos. Brasiliense. slamgirl[at]hotmail.com