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Quando se implanta um aparelho elétrico no corpo há várias etapas a serem cumpridas. Primeira, claro, não morrer durante a cirurgia. Daí vem o risco de infecção, do corpo rejeitar o negócio, ficar paralítica ou simplesmente o bagulho não ligar. Tudo dando certo você avisa geral que tá tudo bem na Dinamarca ê final feliz. A segunda etapa é aquela que você não compartilha. Onde você volta pra casa com 57 pontos embaixo de um curativo que, aliás, lhe causa queimadura de contato. E basicamente você não pode mexer o tronco e recebe a recomendação de que não pode molhar a parada. Ah, meus amigos. Tem aí início a verdadeira batalha. Porque eu e minha mãe (que virou uma espécie de ama-seca que me veste, calça etc) nos tornamos completamente obssessivas em fazer uma verdadeira muralha de Jericó entre o tegaderm e a água. Porque né, nos primeiros banhos infiltrava um pouquinho. Na versão atual eu pareço algo como uma múmia enrolada em plástico e micropore andando em direção ao chuveiro. Usamos 3 tipos de esparadrapos diferentes, pra se ter uma idéia. Nunca marquei quanto tempo dura o processo de mumificação, mas eu estou cansada antes mesmo de entrar no box. Minha meta é enviar uma cabeça de cavalo para o médico ficar certo em tirar meus pontos no dia 3 de janeiro. |
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Christiane, 32 anos. Brasiliense. slamgirl[at]hotmail.com
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