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Ainda não dou conta de falar da morte do Tomas (sim, na véspera do dia dos pais). Foram dias muito barra pesada. Ainda o são. Estou enlutada e não posso viver essa dor de maneira apropriada por causa do trabalho.
Passo os dias apática, confusa e tentando esconder de mim mesma uma saudade tão esmagadora que me impede de respirar. A verdade é que a falta dele está impregnada nesta casa como o cheiro de carniça que perfume nenhum disfarça.
Levei 1 semana para ter coragem de dormir na nossa cama. Ainda evito este lugar. O silêncio toda vez que abro a porta funciona como um tapa na cara que sei que vou levar por muito tempo ainda. Muita gente me diz para focar nas lembranças felizes. Heh, elas ferem bem mais - agora que ele não está aqui.
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Christiane, 32 anos. Brasiliense. slamgirl[at]hotmail.com
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