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Para deixar claro que eu sou uma mocinha suspirante e, talvez, me expressar melhor naquela história ler e não ler: é que nem a história de Aladdin. Para mim, os livros têm o poder de abrir os olhos, tirar do palácio, trazer sensações que em uma vida talvez não desse tempo de serem experimentadas só com o dia a dia. "A hundred thousand things to see. I'm like a shooting star, I've come so far. I can't go back to where I used to be". Elimine a breguice e atenha-se ao básico. Mas é isso, não dá pra voltar atrás, é sem graça. E não é pedir muito alguém que compartilhe o tapete, né? Vejam e suspirem também:
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Já tem um bom tempo que estou pra escrever isso mas, se você quer entender o que eu digo, vá ver as fotos do Ralph (caça o ipê amarelo mais lá pra baixo pra ver só). Aliás, eu não me lembro dele fotografar tanto Curitiba quanto Brasília. Não sei se é porque naquele tempo ele ainda não era (tão) dado ao ofício ou se o cerrado lhe oferece mais encantos. A ver.
PS: A mulher dele é muito mais bonita pessoalmente. Assim, bonita de humilhar absurdo o restante das viventes. Benza deus! PS2: Esse lindo layout que fica todo cagado no firefox foi feito por ele. Que aliás ficou de fazer um gif com os créditos nos tempos do finado ópio e até hoje nada PS3: Tá um festival de links, capslock e ps por aqui, né? Vou abortar a poluição visual. |
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Pois sim, acordei às 4h30 e foram mais de 7h em pé pelo ingresso. Ao contrário do caos que saiu nos jornais, eu achei tudo até bem pacífico. Quer dizer, os cambistas se aglomeraram sim lá na porta na maior cara dura de quem tava acampado há 5 dias e como os organizadores só se mexeram pra arrumar a fila na hora de abrir o portão, eles se misturaram sim com os primeiros e se deram bem.
Mas depois dessa meia hora inicial de bagunça os fãs que estavam atrás manteram a linha e se comportaram civilizadamente durante todo o processo (pelo menos lá no Credicard Hall). Aí, só foi demorado mesmo porque, né? Muito desocupado numa fila pra comprar ingresso é isso mesmo. Ah! É verdade também que a terceira idade compareceu GERAL pra comprar pra alguém que ficou no conforto do lar e, se não fosse tudo isso, eu teria passado menos... sei lá... 1h na quenturinha do povo mas... Quem não sabia que seria assim, né? Eu que já fui preparada pra me sentir numa prova do líder escrota de resistência do BBB achei que passei com louvor pela penúria. Pensei que morreria de agonia e de tédio ao ficar lá fazendo nada durante sete fucking horas, mas nem. Passei imune sem nem socializar com ninguém (típico). Eu sofro toda vez que penso em me levantar, é verdade, mas também não esperava nada menos do que isso. PS: Alguém realmente achava, do fundo do coração, que seria possível comprar ingresso de outro jeito que não lá nas bilheterias? Acredito não, hein |
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Algumas pessoas acham que sou o oposto disso (né, Daniel?), mas a verdade é que concordo com o que o Paulo disse. O problema maior com quem não lê, na christianelândia, é de ordem sentimental, que tem a ver com a solidão profunda e a frustração de não ter com quem compartilhar as opiniões sobre certas histórias que os outros desconhecem e não fazem a mínima questão de conhecer.
E isso me faz lembrar o dia em que, num grupo de umas oito pessoas eu ri ao pensar que o boteco onde estávamos se chamava Antígona's e ficaram todos me olhando com aquela cara de cu sem entender nada. Nada ainda adiantou a minha insistência: "Antigona, filha de Édipo? Édipo? Édipo Rei? Que comeu a mãe, matou o pai? Aquele mesmo do complexo de Édipo e tal?" e ficaram todos alí só me olhado e me achando muito esquisita sem nem tentar saber do que eu estava falando. É das solidões mais tristes, a das idéias que são impossíveis de serem compartilhadas. |
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Christiane, 32 anos. Brasiliense. slamgirl[at]hotmail.com