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Quem leu, leu. Quem não leu já eras. Ando muito combatendo a minha prolixidade. E daí que precisei escrever, conversar com Carola e muito matutar pra finalmente chegar no que queria dizer: Quando o assunto rebate por aí, costuma-se perder o sentido. Porque deixa de ser uma discussão sobre o que é a beleza, uma doença séria etc pra virar um discurso sobre o sentimento de inadequação da pessoa no mundo.

Pode ver que o argumento sempre descamba para duas correntes. 1: "marca x não tem roupa que me serve" e "não estou no padrão mas sou linda". Que é de um egoísmo profundo. Porque acha que dificuldade em se vestir e auto-estima é problema da categoria. E 2: "essa imposição da moda faz milhares de mulheres se matarem pra caber no size 0". Cara. Se você acha que precisa ser um palito pra ser bonita-desejada-qualquer-coisa, o menor dos seus problemas é se achar feia. Porque aí, né? Não se está percebendo minimamente a realidade.

Eu realmente acho que quem está de bem consigo não perde tempo falando da magreza, gordura, burrice alheia. Comenta é com o marido: "ó que CARNÃO". Vou dizer também que antes do advento do jeans + strech não existia calça que me cabia quando eu era assim. E quem disse que a moda/ marketing tem que ter bom senso? Ali é o terreno da fantasia, não deve nada à realidade. Bom senso tem que ter quem faz a tradução pro dia a dia.

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Christiane, 32 anos. Brasiliense. slamgirl[at]hotmail.com

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