8:23 AM
No Fantástico País dos Exames Laboratoriais

Do começo do ano pra cá (se bem que ano passado também tinha uns), já fiz os mais estranhos exames de sangue nas mais estranhas situações também. Até a semi-final da Copa do Mundo eu assisti de agulha enfiada no braço.

Tem exames que tenho que ficar 30 min em repouso, outro que tem que ser colhido às exatas 8h da manhã. "Não pode ser nem um minuto depois?" "Não", e até um que eles aconselham ir ao banheiro antes, pois eles injetam um sei-lá-o-quê que relaxa a bexiga, aí já viu, né? Ah sim! E é só depois de uma hora desse treco agindo que eles vem colher o sangue. Só não me mandaram ainda ficar de ponta cabeça, mas um dia eu chego lá.

Enfim, sábado foi um dia desse tipo. Eu nunca pude doar sangue porque peso 50kg e, por uma série de razões, estou pesando menos que isso no momento. Junte isso fato de eu estar a mais de 12h sem comer e você vai ver o que acontece quando tiram 8 tubos de sangue do meu pobre braço depois de ficar meia hora com a veia punsionada.

Não sei como não desmaiei. Ainda mais depois do pequeno esguicho de sangue saltitante que vôou do meu braço na hora de tirar aquele treco que mais parecia uma agulha de crochê de tão grossa. Acho que foi a concentração mental e o controle da respiração que ando conseguindo com as aulas de yoga (é sério, só com exercícios de respiração se consegue diminuir ou aumentar a pressão), pois visão escurecida, diminuição da audição seguida de um zumbido e pernas tremendo eu tive. E ainda deu tempo de chamar a enfermeira e dizer "Você poderia me arrumar uma cama para deitar? É que acho que vou desmaiar."

Legal foi a cara horrorizada das atendentes ao ver que eu acabei com a cestinha de biscoitos. Ora, eu ia voltar de metrô, tinha que ter um mínimo de sustância pra ficar de pé. É uma infâmia darem meio copinho de leite para gente depois de uma dessas... Minha mãe que não pode ficar sabendo das minhas peripécias, senão não me deixa mais vir sozinha pra São Paulo fazer exames. Tsc.

Pra piorar, agora estou com um roxo em cada braço. Um da açogueira que me aplicou o contraste da ressonância terça-feira e outro da açogueira que colheu meu sangue no sábado. O foda é ter que aguentar o olhar "tem um neon piscando na minha testa escrito drogada" que recebi da balconista do meu check-in no aeroporto ontem a noite por causa desses braços. Ninguém merece.

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Christiane, 32 anos. Brasiliense. slamgirl[at]hotmail.com

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